Campanha Salarial Caema: Acordo Prorrogado.

Em reunião realizada nesta sexta-feira, dia 26/04, Caema e STIU-MA finalmente assinaram Termo de Prorrogação do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2019 por 60 dias (veja verso). Isso significa dizer que poderemos negociar efetivamente o novo Acordo Coletivo de Trabalho, com menos pressão, o que já estamos sentindo em mesa de negociação.

Conforme amplamente divulgado pelo STIU-MA, nossa Pauta de Reivindicações foi oficialmente protocolada na Caema no dia 15 de abril, através do ofício 162/2019, após aprovada pelos trabalhadores e trabalhadoras em Assembleia Geral realizada no dia 12 de abril. Em documento, o STIU-MA também apresentou seus representantes na Comissão de Negociação e solicitou início imediato do processo negocial, bem como a prorrogação do ACT vigente, conforme Cláusula 46 do nosso Acordo.

Na primeira reunião de negociação realizada, no dia 17 de abril, para nossa surpresa, a diretoria da Caema, representada pelo Diretor Administrativo Financeiro, André de Paula, informou que não pretendia prorrogar o Acordo vigente, mas sim agilizar ao máximo as negociações de forma a fechar o novo Acordo até o fim de abril, ou seja, em cerca de 10 dias úteis. A Caema pretendia claramente pressionar o Sindicato a aceitar qualquer Acordo, colocando - na expressão popular - ‘‘a faca no pescoço dos trabalhadores’’. Tudo isso com o aval de um representante da Procuradoria Geral do Estado, que participa da Comissão de Negociação, como representante do Governo do Estado.

O Sindicato, é claro, nem cogitou aceitar a proposta. Deixou claro que, dessa forma, nem iniciaria a negociação do Acordo propriamente dito e recorreria à Justiça para garantir o cumprimento e a prorrogação do ACT vigente.

Diante do impasse, mais duas reuniões foram marcadas e realizadas nos dias 25 e 26 últimos, quando finalmente, a Caema concordou em assinar o Termo de Prorrogação, permitindo que a negociação siga seu curso normal, com espaço para o debate e a construção do consenso com a participação democrática dos trabalhadores e trabalhadoras, a quem cabe analisar e deliberar sobre cada contraproposta da empresa à sua Pauta.

Primeiro obstáculo vencido, só podemos lamentar que tenhamos perdido quase dez dias numa discussão de prorrogação que devia ser automática, sem tensionamento. Podíamos já ter avançado na negociação efetiva das cláusulas da Pauta de Reivindicações.

O primeiro impasse deixa claro que a negociação não será fácil. Algumas de nossas conquistas anteriores foram, inclusive, questionadas em mesa, sinalizando que pretendem retroceder.

É preciso estar atento, unido e mobilizado para defender os direitos conquistados. Já deixamos claro: não pagaremos a fatura da crise da Caema e não abriremos mão de direitos e conquistas, mas é preciso que cada companheiro e companheira venha para resistência e mobilização conosco. Venha para as assembleias, demonstre nossa força e potencial de luta. Não podemos ter a categoria que vem pro pátio da empresa, que se mobiliza, e outra parte que não fortalece a mobilização. Vamos lutar e conquistar unidos e fortes, com todos e todas!

Vamos adiante, na luta e até a vitória!