O FATÍDICO DIA 11

Segunda, 12 de Fevereiro de 2020
Quando iniciamos uma vida laboral,
imaginamos que vamos terminar com
dignidade, de cabeça erguida, com o
sentimento de que fizemos tudo. De que está
na hora de novos ares. Imaginamos que a
empresa na qual doamos nossa vida, nosso
tempo, nosso conhecimento, vai reconhecer
esse papel e nos tratar de forma humana e
digna. Nada disso aconteceu neste fatídico dia
11. Apesar de ser de conhecimento de todos
que haveria desligamentos, ninguém imaginou
que seria como foi. Imagine chegar para
trabalhar, ligar o computador, resolver uma
ocorrência e, de repente, seu telefone toca.
Fulano venha a minha sala. Chegando lá uma
equipe está a sua espera: Fulano, infelizmente,
você foi selecionado. Por favor, assine aqui.
Simples assim. Você volta para sua máquina e
puff, ela não funciona mais. Você não tem mais
acesso aos seus arquivos, alguns pessoais.
Assim se deu a história.
Na década de 90 muitos viveram algo
parecido, mas os tempos evoluíram, a gestão
de pessoas se humanizou. A princípio os
valores que a Eletronorte adotou para si: “ética
e transparência, valorização e comprometimento
das pessoas” não passam de palavras
bonitas sem valor algum. Como é possível falar
de valorização quando os próprios gestores
receberam no início da manhã um script de
como proceder? Quando os trabalhadores são
deixados a margem por 72h? Sem saber como
será a questão do exame demissional, aviso
prévio, plano de saúde. Como é possível falar
de ética e transparência quando os critérios
adotados pela Direção da empresa
pressupõem usar uma ferramenta incompleta,
cheia de subjetividades? Um mecanismo que
nunca foi terminado, que não avalia a
capacidade individual? Quando as inúmeras e
repetidas reestruturações que ocorreram na
empresa prejudicaram as notas dadas pelos
gestores – quem saía não queria avaliar, quem
chegava não sabia o que avaliar? Quando
tantos e tantos ficaram sem feedback?
Um critério de nome bonito – vulnerabilidade
social – avalia apenas se a pessoa é
aposentada ou aposentável. Que critério é
esse? Vulnerabilidade é fragilidade, é, por
exemplo, se a pessoa tem uma doença grave,
se tem um dependente especial que necessita
do amparo do plano de saúde, se é um
portador de necessidade especial. Estes são
apenas exemplos do que está equivocado nos
critérios definidos pela Eletronorte.
Essas foram as orientações da consultoria
contratada? A mesma consultoria que não
soube fazer a distinção entre operar e manter
no norte do país e no sul? Cujas
consequências para a Eletronorte já aparecem
nos desastrosos números de ocorrência que
houveram em 2019?
Por que a Diretoria da Eletronorte não
atuou para desmobilizar os trabalhadores
requisitados de fora do Sistema para nossas
empresas? Já que a questão é financeira,
porque pagar para alguém de fora e não para o
quadro próprio?
Inicialmente a reunião com a Eletronorte
estava prevista para 10 e 14, estranhamente, a
Eletronorte desmarcou e remarcou para o dia
17.02. Não respondeu as correspondências
das entidades sindicais. Nesse meio tempo,
resolveu começar as notificações sem
nenhuma reunião da Comissão. Esperamos
que a Diretoria da Eletronorte se retrate com os
51 trabalhadores da empresa que foram tão
indignamente tratados. É o mínimo após anos
de contribuição. Anular o processo e começar
da forma correta, conforme solicitação das
entidades sindicais.

São Luiz:
Avenida Getúlio Vargas, 1998-CEP: 65020-300
Novos Telefones: (98) 3083-5597 | (98) 3082-6820 | (98) 3221-1411 | (98) 3231-5633
Fax: (98) 3232-0311
Imperatriz:
Rua Rio Grande do Norte, 617 - Centro
Telefax: (099) 98406-1040 | Fax: (099) 3525-3275