28 de Maio, dia de luta feminina

Quinta, 28 de Maio de 2020

Dia 28 de maio comemora-se o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e também o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, com o objetivo de promover a conscientização da sociedade para os problemas de saúde e distúrbios na vida das mulheres.
O número de mulheres que ainda morrem por causa de doenças que poderiam ser evitadas com acompanhamento de saúde regular ainda é enorme.
No caso das mulheres grávidas, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as disfunções maternas que causaram mais mortes em 115 países, são: hemorragia grave; hipertensão na gestação; infecções; parto obstruído e outras causas diretas e doenças do aparelho circulatório.
O Brasil e mais dez países latino-americanos, também segundo a OMS, conquistaram avanços significativos na redução de mortes relacionadas à gravidez ou parto de 1990 a 2017. O Brasil, por exemplo, reduziu sua taxa de mortes maternas em 43% desde a década de 90, tomando por base os dados de 2017 do Ministério da Saúde (MS). Mas a verdade é que muitos mais mortes ainda poderiam ser evitadas. Fora que desde 2017, as políticas públicas de saúde, assim como o país, sofreram um duro golpe.
Raça, gênero e cor determinam saúde da mulher
As mulheres negras e em situação de maior vulnerabilidade social certamente são as mais afetadas pela falta de atendimento em saúde e pelas complicações do parto que levam à morte.
Para o advogado Sebastián Rodriguez, da organização Center of Reproductive Rights, “As mulheres negras são as principais afetadas por essa situação porque lamentavelmente sofrem as consequências de uma sociedade que ainda as discrimina de maneira estrutural por três fatores fundamentais: o gênero, a raça e a classe social a qual pertencem”.
Ele explica que quando esta mulher necessita de serviços de saúde urgentes, como os serviços de saúde materna, elas procuram centros de saúde gratuitos ou de baixo custo e estes geralmente não contam com quadro médico completo ou mesmo a tecnologia necessária que permita oferecer um serviço de qualidade ao paciente”, a isso certamente soma-se o racismo estrutural que impera em nossa sociedade determinando que vidas negras importam menos.
Segundo o site Criola, os dados do Brasil indicam que “por mais que o país tenha obtido avanços nos últimos anos, além não atingir a meta da ONU, segue ainda pior para as mulheres negras que são 62% das vítimas de morte maternas no Brasil versus 35,6% das mulheres brancas”.
O fato é que a mortalidade materna e as possibilidades de sua redução estão diretamente relacionadas ao acesso e à qualidade dos serviços de saúde ofertados. Ou seja, a maioria das mortes poderiam ser evitadas através de política pública de saúde adequada e marcada pela equidade.
Toda mulher deveria ter direito a acompanhamento regular, aos exames preventivos, a acesso pleno ao atendimento de saúde, assim como toda mulher grávida deveria ter pelo menos sete consultas de pré-natal com realização de exames físicos e laboratoriais listados nos protocolos de assistência pré-natal e a disponibilização de Rede de Atenção à gestante capaz de prestar serviços de qualidade e sem discriminação em todo país.
E é por isso que o dia 28 de maio é dia de luta e reflexão pela vida de todas as mulheres!

Fontes: Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina; Organização Mundial da Saúde; www.criola.org.br

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