Nota em solidariedade ao companheiro Ikaro Chaves
Os ‘‘donos’’ da Eletrobras, grupo 3G, através de seus prepostos no Conselho de Administração e Diretoria, iniciaram uma caça aos que lutam pela retomada da Eletrobras ao povo brasileiro. Começam pelo engenheiro Ikaro Chaves, ex-dirigente sindical e ex-conselheiro eleito pelos trabalhadores ao Conselho de Administração da Eletronorte e referência nacional na luta contra a privatização da Eletrobras e suas empresas, e agora na luta pela reestatização.
Sem nenhum fundamento, querem demitir Ikaro Chaves por justa causa, alegando que a imagem da empresa foi lesada por falas e artigos que criticam a política do medo do grupo 3G para aumentar seus lucros e distribuir dividendos. Ora, quem tem exposto a Eletrobras de forma negativa é a própria diretoria e conselho de administração ao aplicar a dispensa em massa de técnicos altamente qualificados, conhecedores do setor elétrico, apenas para se livrar da cultura estatal e diminuir os custos com pessoal, isso, enquanto aumentam seus próprios salários em mais de 3.000%.
Esta política ocasionou o descumprimento de normas regulamentadoras de segurança, aumentou o número de acidentes de trabalho, inclusive com morte e coloca em xeque o funcionamento do sistema. As diversas denúncias de descumprimento estão indo parar nas delegacias regionais do trabalho e nos ministérios públicos estaduais.
As diversas ações judiciais Brasil afora sobre ilegalidades durante e após o processo de privatização da Eletrobras expõe a imagem da empresa. Assedio moral coletivo aos técnicos altamente qualificados do Sistema Eletrobras em lives expõe negativamente a imagem da empresa.
Quem descumpre o Código de Conduta da Eletrobras são aqueles que o criaram para transformar pessoas pensantes em robôs sem pensamento que apenas dirão amém aos mandos e desmandos dessa nova gestão privada.
Nomear quem trabalhou pela privatização da Eletrobras para cargos de gestão na Eletrobras privatizada expõe negativamente a imagem daempresa. São estes, que agora iniciam a caça àquelas pessoas que, com pensamento crítico e argumentos, contrapõem a lógica do lucro pelo lucro.
O engenheiro Ikaro Chaves é o primeiro de uma lista que a Eletrobras privada quer demitir. Perseguição política por parte de quem não consegue ganhar no argumento. Comportamente típico dos tempos da ditadura e que não cabe em tempos de democracia.
Censura de pensamento e de liberdade de expressão, onde não há ofensas ou ataques mas sim divergências de pensamento, são uma amostra da nova Eletrobrasilidade.
O Sindicato dos Urbanitários do Maranhão, em conjunto com todos que fazem o Coletivo Nacional dos Eletricitarios, repudia esse ato de perseguição política, digno das épocas sombrias da ditadura
Sempre estivemos e sempre estaremos na luta pela Eletrobras Pública, agora pela via da reestatização, pela democracia e por um Brasil justo e soberano.
Nosso repúdio a essa perseguição praticada pela Eletrobras privada e toda nossa solidariedade ao companheiro Ikaro Chaves. Não temeremos e seguimos juntos na luta.
A DIREÇÃO DO STIU-MA