Jornada Contra as Barragens, Pelas Águas e Pela Vida iniciou 14 de março

14 de março - Dia Internacional de Luta contra as Barragens, Pelos Rios, Pela Água e Pela Vida

Cerca de 150 manifestantes, atingidos por barragens, com a coordenação do MAB em parceria com o STIU-MA e apoio de outros movimentos e entidades, realizaram atividades em São Luís ao longo do dia 14 de março. A iniciativa faz parte da jornada de lutas do Dia Internacional de Luta contra as Barragens, Pelos Rios, Pela Água e Pela Vida (14/03) e contou com apoio de outras entidades e movimentos.

Os manifestantes - vindos de diversos municípios como, Timon, Matões, Parnarama, São Francisco do Maranhão e Pinheiro - iniciaram a programação às 7 horas da manhã na CAEMA, depois seguiram em caminhada pelo centro, se deslocaram ao ITERMA e finalizaram às 17 horas já na Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), onde garantiram audiência para discutir e reivindicar plano de segurança de barragens e política de direitos para os atingidos por elas.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e organizações parceiras como Sindicado dos Urbanitários, Sindicato dos Bancários, Sindicatos dos Ferroviários, SINPROESSEMA, CTB, CUT, Conlutas, MST e o Levante Popular da Juventude estão se organizando com finalidade de compor a Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia no Maranhão e, assim, discutir problemas e políticas públicas em torno desses temas comuns e essenciais para soberania do nosso país e do nosso povo.

Durante as manifestações pelo centro de São Luis, os militantes relembraram e denunciaram os crimes cometidos pela Vale em Mariana e Brumadinho; a política de privatização que mata e lesa o povo, um exemplo é a tarifa abusiva cobrada pela CEMAR privatizada (a 2ª maior tarifa do País)

Na CAEMA, os atingidos reivindicaram a renovação das concessões nos municípios e reafirmaram a importância da empresa continuar pública. Além disso, denunciam o retorno da MP 868 da sede e da conta alta, que tem como principal objetivo destruir o saneamento público no país, dando mais espaço para as empresas privadas atuarem no setor.

No ITERMA, a pauta dos atingidos, cobra ação e posicionamento do Governo do Estado em relação a insegurança de mais de 150 famílias pertencentes a territórios quilombolas, no município de Matões, região leste, que vem sofrendo ameaças de despejo, após ordem judicial movida pela empresa multinacional Suzano Papel Celulose, empresa estrangeira que historicamente tem grilado e invadido terras no Maranhão.

Na SEMA, foram recebidos pelo Secretário de Estado do Meio-Ambiente e Recursos Naturais, Rafael Ribeiro, e sua equipe técnica para tratar de pontos da pauta de reivindicações dos atingidos por barragens do Maranhão, que cobram uma posição do estado sobre um Plano de Segurança de Barragens e proteção dos direitos dos atingidos e denunciam as violações de direitos dos atingidos por barragens da Vale e a de Pericumã (de propriedade do DNOCS).

#ÁguasParaaVida.NãoParaaMorte

#ÁguaeEnergiaNãoSãoMercadorias

Contribuição: Jackcenildo Castro