CAMPANHA SALARIAL DOS TRABALHADORES DA CAEMA
A Assembleia Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Caema em São Luís e regionais analisou e deliberou acerca da contraproposta da Caema, que foi aprovada parcialmente pela categoria.
A diretoria da Caema, mais uma vez, conseguiu surpreender negativamente apresentando uma contraproposta com apenas 20 cláusulas, sem responder a nenhuma das cláusulas econômicas.
No ofício que apresenta a primeira contraproposta da Companhia (em quase dois meses de campanha salarial), a diretoria alega a grave situação financeira da empresa e a economia do país, mas diz estar disposta a construir o acordo de forma negociada.
Ora, o discurso é bonito, mas a prática é indecente: a diretoria apresenta uma contraproposta de apenas 20 cláusulas, quando nosso Acordo Coletivo vigente tem mais de 70 cláusulas. Destas, a maioria não tem nenhum impacto financeiro.
Como pode crise financeira justificar a má vontade e até o desrespeito da Caema que se concretiza numa contraproposta de 20 cláusulas, sem resposta às cláusulas financeiras, após quase dois meses de campanha salarial?
Intimidação ao vivo - Depois de fazer esse papelão, via ofício, a diretoria da Caema resolveu fazer um estranho papel também ao vivo. O presidente Carlos Rogério e os diretores João José e André Santos apareceram na Assembleia, tentaram tensionar o ambiente gratuitamente, tiveram oportunidade de falar democraticamente, mas em nada contribuíram para construir o Acordo ou avançar nas negociações.
Rogério, exaltado, e André tentaram convencer os trabalhadores da necessidade de abrir mão dos seus direitos com o discurso da crise. João José foi mais longe, questionando a postura (legítima) do Sindicato.
Desdobramentos - Após estes tensioMEXEU COM MEUS DIREITOS, EU VIRO LUTA! Assembleia Geral Dia 07 de Junho (Sexta) A Partir das 8h, na Sede da Caema - São Luís e Regionais namentos e a instalação efetiva da Assembleia, a diretoria do STIU-MA com sua assessoria jurídica subiu para reunir com a diretoria da Caema com objetivo de avançar na contraproposta.
O STIU-MA propôs que a Caema apresentasse uma nova contraproposta inserindo pelo menos as cláusulas que não tinham impacto financeiro, preservando assim direitos básicos e históricos que não oneram a Companhia, mas são importantes para trabalhadores e trabalhadoras.
Depois de um debate entre as partes, com mais tensionamento, a diretoria da Caema pediu alguns minutos para se posicionar. A Assembleia decidiu aguardar.
A resposta comprovou que o problema não é apenas financeiro: a diretoria informou que só teria um posicionamento no dia 06 de junho, propondo reunião nessa data. O Sindicato, no entanto, ponderou que preferia receber a segunda contraproposta formal neste dia e reunir com os trabalhadores para análise e deliberação no dia 07 de junho. A categoria aprovou esse encaminhamento por unanimidade.
Sendo assim, no dia 07 de junho (próxima Sexta), temos nova Assembleia Geral dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Caema. Seguimos firmes na luta por NENHUM DIREITO A MENOS!
Se querem briga, estamos prontos!
O STIU-MA lamenta profundamente que a diretoria da Caema gaste energia com o tipo de atitude que teve na Assembleia. Nós gostaríamos de ver os diretores da Caema gastando energia para solucionar os problemas reais da empresa que tantas vezes elencamos e apontamos caminhos para solucionar, como:
- Cobrar os serviços que entrega de bandeja a empresas privadas, como BRK; - Revisar e, se for o caso, cancelar contratos com empreiteiras como HBG, Ponto Forte e etc;
- Fazer hidrometração pra valer, com metas e resultados; - Cobrar dívidas de prefeituras e órgãos que devem a Caema (hoje, 101 prefeituras não pagam suas dívidas com a Caema e só a de São Luís deve cerca de 70 milhões);
- Recuperar a arrecadação dos 36 sistemas que estão com faturamento suspenso;
- Diminuir os pára-quedistas (comissionados de fora da empresa). O exemplo devia ser dado pelo Diretor André Santos, que trouxe mais dois assessores recentemente, aumentando a ‘‘crise financeira’’da Caema.
O Sindicato e os trabalhadores queriam que os diretores da Caema usassem a mesma agressividade para cobrar a dívida das prefeituras, para cobrar trabalho das empreiteiras, para se impor diante de empresas privadas que se beneficiam da Companhia. Não vale ser um ‘‘leão’’ só pra cima dos trabalhadores.
O recado foi dado claramente: não vamos pagar a conta da crise, não abrimos mão de direitos conquistados, não aceitamos ‘‘nenhum direito a menos’’ e não vamos nos intimidar com ameaças e atitudes intempestivas da diretoria da Caema.
Queremos negociar com seriedade e chegar a um Acordo, mas se a Caema e o Governo do Estado quiserem briga, vamos pra briga. Aqui é assim: ‘‘Mexeu nos meus direitos, eu viro luta!’’
#NenhumDireitoaMenos